How to Lose Friends and Alienate People
Ano: 2008
Diretor: Robert Weide
Elenco: Simon Pegg, Kirsten Dunst, Jeff Bridges, Danny Huston, Gillian Anderson, Megan Fox
Sinopse:
Sidney Young é um jornalista britânico cujo trabalho em Londres era escrever em uma pequena revista e satirizar tudo e todos. Um dia porém, ele recebe um telefonema para trabalhar em uma importante revista americana, a Sharps. Agora Sidney poderá conviver no mundo das celebridades e principalmente, alcançar o sucesso que sempre quis.
MP:
O primeiro grande erro do filme no Brasil talvez tenha sido mudar o título pois muitos podem achar que o filme é uma comédia romântica. Pois bem, não o é. O título original, traduzido, "Como perder amigos e alienar pessoas" teria sido muito bem adequado ao tema uma vez que, o mesmo é sobre a indústria da mídia. Mas o maior erro talvez tenha sido o filme ser uma co-produção Reino Unido-Estados Unidos.
No mundo das celebridades, seja em NY, onde Sidney passa a morar, seja em Londres, sua terra natal, o que mais importa é o glamour e o chamar atenção. Porém a mídia que trata das celebridades pode ser um trunfo ou um completo desastre. Nos EUA é bonito e elegante pousar para as revistas importantes, no Reino Unido é a fuga constante dos papparazis.
O que o filme mostra na verdade é o quanto um jornalista obstinado pelo mundo das celebridades, pode fazer para conseguir penetrar neste universo. O desespero é tanto que as situações satirizadas no filme são imagináveis e causam perplexo. Talvez seja por isto que o filme não tenha feito o sucesso esperado nos EUA.
Caso fosse uma produção somente britânica, sem dúvida, o mesmo teria conquistado platéias maiores. Afinal, quantas pessoas não se interessam, como consumidor, pelas fofocas das celebridades? O número é tão grande que a quantidade de periódicos sobre os mesmos crescem, tanto nos EUA, no Reino Unido e Europa e, até mesmo, no Brasil. Afinal, o que uma celebridade usa, pode virar moda em segundos, o que ela fala, é como um eco que transcende o tempo e o espaço, e por aí vai...
As sátiras podem passar desapercebidas por alguém que não tem contato com britânicos ou não conhece o estilo de comédia britânica. Aos que somente assistem filmes americanos, pode ser chato e enfadonho. Mas, nas entrelinhas o filme é sem dúvida um sucesso. O triste é saber o mercado audiovisual mundial e principalmente, o brasileiro, é guiado, praticamente pelo resultado da bilheteria americana.
Então, fica um questionamento, até onde o filme é chato e sem nexo, se é justamente sobre a crítica a situação o seu tema!? As cenas de romance e sexo até acontecem no filme mas não são o tema principal. Não vá assistir pensando ser um romance pois, não o é.
E dentre todos os personagens, o que mais chama atenção é o da Relações Públicas, Eleanor Johnson. Uma personagem que aparece, talvez, no máximo, durante cinco minutos de filme. Eleanor detesta o rótulo de seu posto mas, é, imprescindível no mundo das celebridades. Os atores cuja carreira lhe pertence, o topo do mundo das celebridades é dado. E claro, Sidney, um jornalista que faz de tudo para entrar no mundo das celebridades já que o seu visual não ajuda...
Curiosidade: O filme é baseado na experiência do jornalista Toby Young, durante o período em que trabalhou na revista americana Vanity Fair.
Nota: 8.8
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=r3AV4U-_tjE
quarta-feira, abril 01, 2009
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2 comentários:
Raquel, parabéns. Muito elucidativo o seu blog. O trabalho de pesquisa e o conhecimento de causa q vc demonstra, mostra o quão talentosa vc é para escrever e para analisar a sétima arte. Muito sucesso p vc e pode ter certeza q a Tati (q adora cinema0 vai acessar muito o seu blog. Beijos.
Oie Bruno,
obrigada por ser mais um cinéfilo presente embora eu ache, que a Tati realmente irá ser mais constante!
E por favor comente, dêem dicas, colaborem com a divulgação!
Bjs
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